quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Celulite: o que fazer?


No congresso não foi diferente e o assunto foi tema de algumas aulas. A lipodistrofia ginóide (nome científico do problema), não é só ginóide (feminino) e, portanto, não faz distinção entre os sexos, embora seja rara nos homens. Ah e não é só maldição das gordinhas e gordinhos, atingindo pessoas magras. O problema hoje se sabe que não é o acúmulo de gordura, e sim uma questão dérmica e muscular.
Então, você poderia se perguntar: porque a celulite existe?
Como muita coisa na medicina, tudo é culpa da genética. Só que tem mulher que não tem celulite e ponto. Sorte a delas. Mas para a maioria que tem que conviver com o problema o ambiente pode ser determinante. Aí é que a dieta, a ausência de exercícios e a carga hormonal cumprem seus papéis de agravantes de um problema que já faz parte da pessoa. Por isso não se fala em tratamento de celulite sem falar em manutenção.
Aqui abro um parênteses: a função do blog é tratar de assuntos como esse, sem falsas promessas. Às vezes perco pacientes devido à minha sinceridade. Aquela história de "livre-se da celulite" que todo mês é manchete das revistas femininas não é verdade. Ninguém se livra de um problema que é constitucional de maneira mágica com o aparelho do momento. O trabalho é árduo e requer tempo e dedicação. Da dermatologista e do paciente. Inclusive se você não tem tempo fica difícil fazer qualquer tratamento corporal.
O bom é que existem técnicas que realmente fazem a diferença.
A carboxiterapia, a endermologia, a radiofrequência e o ultrassom podem fazer parte do esquema de tratamento. A drenagem linfática manual é legal tanto para o esquema de ataque quanto para os períodos de manutenção e de preferência com uma profissional que vá em casa. Nesse momento, a comodidade pode ser reconfortante. E todo tratamento depende do que cabe no bolso de cada um, assim como da sensibilidade. Tenho pacientes com horror a agulhas e isso sempre deve ser sempre respeitado. Falando em agulhas a técnica chamada subcision (subcisão) está bem indicada em determinados casos.
E os cremes?
Isoladamente não são suficientes, mas são importantes ferramentas que vem somar no tratamento. Dessa forma o efeito é aditivo e nunca é demais acumular técnicas para tratar de um problema que virou epidemia na atualidade.


Ilustrando o post: o último creme lançado no congresso para combater a nossa amiga. Mais um para o arsenal.

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