quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vale a pena gastar uma fortuna em cremes anti-rugas de marcas de luxo?


NOVA YORK - Um estudo encomendado pela revista de defesa do consumidor Consumer Reports revelou que não. Ainda assim, o resultado não deve mudar o gosto feminino pelos pequenos potinhos mágicos de beleza. O estudo avaliou produtos das linhas mais vendidas no mercado, com preço entre US $ 19 e US $ 355. As voluntárias foram recrutadas e selecionadas por um laboratório europeu especializado em testes com cosméticos. As 23 mulheres tinham entre 30 e 70 anos. Cada produto foi testado, pelo menos, por 17 mulheres, durante 12 semanas. Para poder avaliar o resultado do produto, as voluntárias aplicaram os cremes em apenas um lado do rosto para que o laboratório pudesse comparar as diferenças. Os especialistas usaram um equipamento de última geração para detectar as rugas e outras mudanças na textura da pele. O melhor creme, segundo o estudo, era também o mais barato de todos. Os pesquisadores garantem que as marcas mais famosas, e caras, apresentaram resultado sim, porém abaixo de 10%, uma mudança quase imperceptível. "Estes testes revelam que, na média, a diferença que os produtos de luxo fazem na aparência da pele não tem relação com o preço que eles custam", disse a porta-voz da revista. A dermatologista Tina Alster, do Georgetown University Medical Center, em Washington, e membro da Academia Americana de Dermatologia, disse que o estudo é muito simplista para concluir que produtos de luxo têm o mesmo resultado do que os de farmácia. "Pessoas adoram acreditar que os produtos baratos são tão bons quanto os mais caros. Alguns cremes das marcas de luxo têm efeito cientificamente comprovado. As pessoas deveriam é olhar para os ingredientes com mais atenção do que escolher apenas pela embalagem". Apesar das descobertas do estudo, algumas mulheres afirmaram que continuaram a usar este tipo de creme, mesmo que isto custe caro. "Na verdade, eu nunca acreditei que estes cremes acabassem com as rugas. Mas eles fazem com que eu me sinta bem e cheirosa", disse Amira Thoron, uma professora de 36 anos.
Fonte:Portal da Amazônia, Imirante.
Concordo com a Tina, existem produtos e produtos e o que realmente importa é o que vai no rótulo. Dessa forma, existem cremes de luxo que não valem nem a metade do preço pelo efeito que dão. Como também existem cremes baratos que são dinheiro jogado fora. O problema no Brasil é que tudo tem imposto e esse setor cosmético então...
Só mais um lembrete: atenção donas de pele oleosas! Esses cremes de luxo em geral são indicados para a pele mais madura e ressecada da mulher européia e podem causar acne se mal indicados.

3 comentários:

  1. Quando procuro um cosmético eu me atento quase que exclusivamente aos ingredietes. Só uso cosméticos que tenham substâncias que sejam suportadas por estudos cintíficos (de preferência estudos bem feitos, o que muitas vezes é difícil encontrar). Se o produto tem uma quantidade significativa de ingredientes baseados em evidências científicas (como retinol, ácido glicólico etc), não me importo com o o preço, pode ser caro ou barato.

    Embora eu não tenha tido acesso ao teste citado na reportagem, concordo com a dermatologista, o teste provavelmente realmente foi simplista (25 voluntários? Muito pouco!). Porém, se fosse uma reportagem fosse séria, o repórter teria avisado que a Dra. Tina Alster tem conflito de interesse, já que ela trabalha para a Lancôme (marca da L'Oréal).

    ResponderExcluir
  2. Pedro achei o seu comentário bem interessante pois sintetiza bem o espírito e o objetivo do post. A reportagem extraída realmente não fala do conflito de interesse mas cá entre nós isso não ocorre só com a Tina mas com muitos outros dermatologistas que tem seus nomes citados em diversas reportagens por aí diariamente. A propósito da questão, hoje existe uma lei obrigando a listagem no slide inicial de aulas de congresso dos nossos conflitos de interesse inclusive em relação a indústria de laser. É sabido que nem todos fazem isso (infelizmente). Por outro lado, já presenciei situações em que o mesmo conflito de interesse não impediu de algumas verdades serem ditas, o que é digno de admiração. Quanto a mim eu não tenho conflitos de interesse até agora :) e se eu não acredito em X eu não prescrevo mesmo, não adianta e nem compro também (adoro fazer o test drive pessoalmente). Acho até que tem representante que ás vezes fica irritado comigo. Muito obrigada pois o seu comentário me inspirou a fazer um post a respeito de alguns estudos que justificam alguns cremes que existem por aí. E como reconhecer estudos furados pela propaganda com seus asteriscos e letras minúsculas.Um abraço!

    ResponderExcluir
  3. Muito boa a ideia do post! :) Ja adicionei o teu blog aos meus favoritos!

    Abraço,
    Pedro

    ResponderExcluir

Por motivos de segurança pedimos a gentileza de confirmar as letras...